quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Mais um ano

Mais um ano que finda e outro que começa.
Penso e repenso quais são os meus propósitos para o ano de 2011, e não me vem nada de concreto à cabeça.


O que espero fazer no próximo ano é algo tão vasto como continuar a caminhar no sentido de ser cada vez uma pessoa melhor, e que isto traga felicidade principalmente a todos que amo.


Este ano tive a prova que não sou uma sonhadora, e que a caridade e solidariedade existe. Não somos todos assim? É um facto, mas há muito mais gente assim que eu pensava. 


A todos os meus Amigos e pessoas que mal conheço que me voltaram a fazer acreditar que há ainda esperança na humanidade, e principalmente aos meus grandes Amores um ano CHEIO (no sentido de pleno). Aos restantes, que este ano lhes mostre que caminhar no sentido do bem só traz bons frutos, e... não tenham vergonha de fazer o bem.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Negócio de sucesso garantido

Eu e o Nuno vamos dar inicio ao maior negócio de todos os tempos. Garante rendimento constante mesmo sem trabalho ou esforço.

Vamos abrir um banco falido, e depois o Estado Português financia-nos. Não precisamos de tanto como para o outro nosso colega...100 milhões chega. Quando acabar pedimos mais.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sol de Inverno


Adoro os dias de sol desta altura do ano. O frio sem vento, o sol brilhante...só nesta altura do ano o sol dá esta cor às coisas. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"E assim, acontece"


Não podia deixar de colocar aqui este apontamento: morreu um dos maiores resistentes/defensores da cultura em Portugal.

Natal e os velhotes


Ontem, numa festa de Natal dedicada aos mais crescidos (de 60 anos e mais - alguns muito mais), foi muito bom ver tanta gente cheia de vida, alegria e vontade de fazer coisas.


A páginas tantas, um dos "homenageados" chegou-se junto a mim e ao Nuno, a felicitar-nos pela animação e em simultâneo dizer uma piada, neste contexto realça a seguinte frase: "Sinto-me bem, estou bem, e agora é aproveitar os anos que já não serão muitos. Tenho 75 anos e sou doente crónico, mas sinto-me bem, aqui vejo pessoas que já não vejo há anos..." Não foi o que o senhor disse, foi como disse e a expressão que tinha... sereno, feliz, tranquilo...disse ainda que a mulher também é doente, e que os dois já tinham estado internados para cuidados médicos por longos períodos, no entanto, este senhor transmitia toda uma calma e alegria que foi bom de ver e sentir.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh


Têm sonífero incorporado e mel. Estava mesmo a precisar de descanso de sofá. 

Quem tem amigos assim....



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Desconhecido / Incompreendido

Quando não entendemos repudiamos. Perante o que nos é desconhecido ou estranho, o caminho mais fácil é rotular de errado!
Porque o eu está sempre certo, o tu é sempre aquele esquisito que não vê as coisas como elas são.


E agora pergunto: E como é que as coisas são?

Mário Quintana

"As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objectivos comuns, alegrias e vida."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Deolinda - Mal por mal





Já sou quem tu queres que eu seja,
Tenho emprego e uma vida normal.
Mas quando acordo e não sei
Quem eu sou, quem me tornei
Eu começo a bater mal.
O teu bem faz-me tão mal!
Já me enquadro na tua estrutura.
Não ofendo a tua moral.
Mas quando me impões o meu bem
Eu ainda sinto aquém.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!
Sei que esperas que não desiluda,
Que por bem siga o teu ideal.
Mas não quero seguir ninguém
Por mais que me queiras bem.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!
Sei que me vais virar do avesso
Se eu te disser foi em mim que apostei.
Não, não é nada que me rale
Mesmo que me faças mal.
Do avesso eu te direi:
O teu mal faz-me tão bem!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aberto

Como devem ter reparado este blog está novamente aberto ao público em geral.
Foi limitado a alguns leitores por uns tempos, mas o sentido do blog desvirtuou-se.
A partilha com todos é que lhe dá sentido, muito mais do que com quem conhecemos.
Neste último ano, tem-nos chegado visitantes muito diversos e é esta partilha de experiências e opiniões entre pessoas dos 4 cantos do mundo que é enriquecedora.


Escrevemos para todos e para ninguém em particular.


E como o Nuno já escreveu aqui: "Se alguma das coisas que aqui foi dita ajudou a melhorar o vosso dia-a-dia, que bom, já valeu a pena!"


Bem Hajam!



Nova casa, o mesmo lar.

A 12 de Outubro do ano passado eu escrevia aqui isto.
Pois bem, recentemente mudei de casa, e esta situação só prova mais ainda que o meu lar não depende das paredes, o meu lar pode ser um lar onde quer que seja. O que faz da minha casa um lar é o que eu escrevi no referido post:

"Aquele sitio onde sinto amor, o carinho e a paz fazendo da minha casa o sitio onde me sinto sempre bem, mesmo nos piores dias, mesmo quando não me sinto bem em mais parte alguma.[...]sou respeitada na minha  espontaneidade e amada na minha naturalidade. É onde sinto o aconchego ao fim do dia, altura em que, depois de um dia de trabalho, me deito olho para o meu lado e sinto SOU FELIZ"


Obrigada aos meus filhos e ao meu amor porque são eles os responsáveis por eu ter um lar.
Amo-vos muito


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Amor com amor se paga?


Não, não só o amor. Tudo se deve pagar com amor. Custa muito fazê-lo principalmente quando nos magoam. Mas esse é o caminho.
Ontem a Palavra tocou-me, através de um (posso chamar-lhe) amigo, que por acaso também é padre, chegou-me o que me faltava para entender tanta coisa. 


Há pessoas que independentemente do que me façam vou sempre pagar com amor. Os meus pais e os meus filhos têm um estatuto especial, e o amor que lhes tenho não tem preço, não precisam de fazer nada para o merecerem, não precisam de ser como eu quereria que fossem, amo-os sem condições impostas. A única que coisa que espero em troca é o mesmo sentimento e respeito por mim, sabendo porém que mesmo que isso não se verifique serão sempre pagos com amor.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

ansiedade

Estou tão ansiosa que nem consigo escrever como deve de ser.
Amanhã ou depois conto.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

How do I love thee?

Li este poema no blog da família Calais Pedro e adorei. Revi ali o meu sentimento pelo amor da minha vida.


Hoje para ti, Nuno, este poema:


How do I love thee?

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with a passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, --- I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life! --- and, if God choose,
I shall but love thee better after death.





Elizabeth Barrett Browning

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Chuva e vento....just another kind of good weather (não me canso de repetir esta expressão)

Faço anos em Janeiro. Este é um facto que sempre me chateou em criança.Fazer anos na Primavera ou Verão é sempre mais interessante para uma criança ou adolescente, pois dá para fazer uma infinidade de coisas que, com frio e chuva, não é possível.


Pois para juntar à festa, o Nuno também faz anos na altura do frio. Não é propriamente inverno, mas no último dia de Outubro já estão temperaturas mais baixas e há anos, como este, que chove a cântaros. 


Pois foi preciso ter 33 anos, em vias de fazer 34, para tirar o verdadeiro partido de um aniversário com mau tempo. 


Não foi o meu aniversário, foi o do meu amor, cuja prenda acho que me vai fazer encarar, de futuro, os dias de chuva, frio e vento, de uma forma muito nova.


Hoje é um dia assim, cinzento e feio. Feio? Pode ser para muitos, para mim traz-me boas recordações.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Reservado

Este blog está reservado a leitores por agora. Digo por agora pois tenho esperança de poder vir a abri-lo a todos que por aqui queiram passar.


A possibilidade de poder ser lido por qualquer pessoa e, principalmente, quem nem sequer faz ideia de quem nós somos, e poder aqui encontrar um texto que o bem disponha, o ajude, o faça pensar, ou apenas leia porque sim, é bom e torna esta partilha muito mais interessante.


Mas por agora vou ter de restringir, até a tempestade passar.

Mario Quintana

"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."


Mário Quintana

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Há sempre uma primeira vez para tudo...


...até para ver uma mãe a impor condições para amar a sua própria cria.

Mário Quintana


"Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo..."

Mário Quintana

Mário Quintana

Achei por bem começar pelo que o próprio uma vez disse sobre si:


"Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.
Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não astava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras."

Mário Quintana

Mário Quintana e Mafalda

Descobri Mário Quintana poeta, tradutor e jornalista brasileiro.


Já iniciei uma série de posts com tiras da Mafalda, e vou juntar também uma outra de frases deste senhor que consegue dizer muito em poucas palavras. Arte que lhe invejo, pois é capacidade que não possuo. Escrevo muito, muitas vezes porque tenho necessidade de dizer a mesma coisa de diferentes formas, quase até à exaustão. Penso que seja pela necessidade que tenho de me certificar que mensagem passa para todos (o que nem sempre acontece e mesmo com tanto texto há ainda, alguns casos, em que o que digo é mal interpretado). 


Mas já percebi que isso não é um mal exclusivo de mim, quase todos os amigos que tenho se queixam do mesmo. Será que os escolho a dedo? Se calhar...é uma tendência minha.


Ora, caros amigos, leitores, visitantes e todos os que por aqui vão passando, de hoje em diante, irão encontrar, de quando em vez, uma frasezinha de Mário Quintana para reflexão.


(Obrigada Loira, graças a ti, e ao que publicas no teu mural do facebook, encontrei este génio)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Idade

Só para avisar, quem ainda não reparou, que EU TENHO CABELOS BRANCOS!

Ora, todos sabem que isto acontece na adolescência.

Esquecemo-nos muitas vezes



Esquecemo-nos muitas vezes que temos de morrer. Esta é uma das razões porque nos chocamos tanto com a morte.


No dia-a-dia não pensamos nisso, não pensamos que quem está ali ao lado amanhã pode não estar, que um momento pode levar-nos quem mais amamos...e ainda bem que não pensamos nisto no dia-a-dia, se não viveríamos todos os dias angustiados. Ainda assim, não quer dizer que nos devamos esquecer que a morte é uma inevitabilidade.


Pensar que a morte é natural e faz parte da vida, é sempre mais fácil quando reflectida nos outros. Quando pensamos nos nossos, o raciocínio e o sentimento é outro. A morte de um ente querido é sempre dolorosa, independentemente da idade que este tenha. 


Resta-nos a fé.


Hoje faleceu o avô de uma grande amiga. Era velhinho e estava doente há muito, mas era o avô dela.

Há um ano...



...conseguiste defini-lo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Efemérides

Há 3 anos eu escrevia isto no blog mãe de dois (o único que tinha então). A esta distância leio este texto e lembro-me claramente porque o fiz.


A frase "É difícil viver em conjunto com alguém? É, sem dúvida, mas muito pior é viver sozinho. Não há felicidade completa, e só é feliz quem já assumiu essa realidade.", denota  tudo o que se passava comigo.


Se eu era feliz? Não. Mas para quê mudar? Ia comprar uma guerra enorme com o meu então marido, e a única coisa que ganhava era o que já tinha: solidão. Por isso fui-me conformando, fui adiando o inevitável.


Quando falo no segredo para a vida a dois e aponto o amor e a tolerância, é uma grande verdade quando esta tolerância não é outra forma de dizer ou uma forma de camuflar a sujeição, o ceder indefinidademente e quase sempre de uma forma unilateral.


Digo também neste texto que fazia tudo para que durasse para sempre, e fiz. Efectivamente eu lutei por uma causa perdida à partida, apenas porque eu achava que eu poderia fazer o barco andar mesmo que o outro tripulante não remasse e pouco ou nada fizesse para ajudar a levar a bom porto. Lutei ao ponto de passar para todos a imagem de família feliz, de casamento sereno e equilibrado, que não era.


A razão porque eu escrevia textos como este é clara para mim, e já na época era...o propósito era só, e tão só, convencer-me do que escrevia, convencer-me de que não estava mal, e que poderia sempre fazer mais um sacrifício (quando esta palavra entra num casamento....), poderia sempre ver as coisas de outra maneira....


Mas a vida é bela, e é para ser vivida no amor, na alegria, na paz....
Tive a sorte de ter a oportunidade e a coragem de fazer o que muitos têm (ou tiveram alguma vez na vida) vontade de fazer e não conseguiram: ser feliz.


A todas as mulheres que estão como eu estava, que vivem como eu vivia: a culpa não é sempre e só vossa. Se as coisas não correm bem, ou melhor, se correm quase sempre mal, não são vocês que têm que suportar sempre o fardo da resolução dos problemas ou da cedência em prol da "paz do lar". 
Viver a dois implica esforço, mas este tem de ser feito pelos dois e tem de ser voluntário. E este "esforço"  não é sinónimo de sacrifício, este quando é partilhado nem se sente e acontece de uma forma natural.


Houve alturas em que pensei que não existisse outra forma de viver a dois, que aquela forma era a única e transversal a todas os casais... Não é! É possível viver de uma forma melhor, mais saudável e salutar (física e psicologicamente).


Não se acomodem, e façam o favor de ser felizes.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mafalda

Depois da reportagem que vi ontem sobre a dívida pública lembrei-me desta tira:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Parecido com...

Vem aí o Natal

Está a chegar uma das épocas que mais gosto: a quadra natalícia.
A lista de dos presentes já está mais ou menos composta, os pequenitos já começam a pensar na carta ao pai Natal e eu já estou ansiosa por montar a árvore e enfeitar a casa.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ralhetes e Castigos

Como alguns leitores assíduos deste blog já sabem, eu escrevo com alguma regularidade em dois blogs, este e o mãe de dois. Este último tem como objecto as histórias e peripécias dos meus dois pequenos. Pelo menos foi este o intuito inicial, a certa altura deturpou-se um pouco, mas com o nascimento do NReflexos, voltou ao propósito inicial e tento só lá escrever mesmo sagas dos meus petizes.

Ainda assim, por vezes, acontece que há assuntos transversais aos dois. Tudo o que envolva reflexões, ideias, desabafos, teorias...qualquer texto nesta linha em que o tema sejam também os dois desta mãe pode ser publicado tanto num como noutro blog.

Hoje tenho uma situação dessas. É um tema que pode ser perfeitamente publicado aqui mas também se encaixa perfeitamente no âmbito do mãe de dois.

Sabemos efectivamente quando um filho nos vê como um porto seguro, quando acabando de ralhar, de castigar ou até de uma pequena palmada na sequência, de uma mau comportamento do pequeno, este daí a menos de nada nos abraça e nos dá um mimo só porque sim. Eles sabem e sentem que o ralhete ou o castigo, que lhes damos, é com o propósito de os ajudar a crescer da melhor forma, preparados para o futuro e para serem pessoas melhores.  E tão crescidos que eles estão...


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Teorias filosóficas ao deitar.

Todos estamos sempre a pensar, o cérebro é um órgão que nunca dorme. 
Eu não sou excepção mas, às vezes, tenho a sensação que qualquer dia "pifo" aqui a massa cinzenta. 

Acabar o dia a teorizar com o meu companheiro sobre os diferentes sistemas políticos das sociedades, e embalar até ao sono com troca de ideias sobre formas ideais de organização de sociedades e encontrar paralelismos a dogmas religiosos....

Por isso foi tão difícil encontrar a minha alma gémea. Mas quem é que tinha paciência para aturar estas minhas conversas fora de horas, senão tu?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

OE 2011

E já temos OE (Orçamento de Estado) para 2011.

Um OE a bem dos mercados, para que estes não fiquem zangadinhos e não castiguem o povinho.

Quando crescer quero ser um banco.

Amigos

Ontem, como deixei aqui o apontamento, encontrei um grande amigo.
Hoje, logo pela manhã a caminho do trabalho, encontrei outra amiga muito querida.
Soube tão bem encontrá-la logo ao começar o dia. Também ela é uma pessoa positiva, que tem sempre um cumprimento animador, uma palavra amiga e de estimulo.

Ontem o José hoje a Cristina. Nem um nem outro, têm vidas fáceis, ambos já tiveram o que os fizesse sofrer muito, e no entanto são uma fonte de esperança e um exemplo para todos. A sua forma simples e positiva, com que lidam com a vida, contagia quem os rodeia.

Beijinhos aos dois.

Bom dia



A melhor coisa do mundo
É amanhecer contigo
E enquanto você dorme, sussurrar no teu ouvido
Te acordar devagarinho
Bolinar no teu umbigo
Como ontem teu desejo fez comigo
E te ver espreguiçando
Com o rosto tão risonho
Como sempre convidando
Pra eu entrar no teu sonho
E dizer que eu te amo
Se entregar com euforia
É a melhor maneira de dizer bom dia
Começar um novo dia
Com essa alegria antes do café
Antes de ir pro trabalho
De sair pra rua pro que Deus quiser
Se esfrega no meu peito
Deixa a sua marca no meu coração
Pra eu ficar o dia inteiro
Só curtindo o cheiro da nossa paixão
Bom dia - Negritude Junior

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Temporal


Esteve mau tempo este fim-de-semana?
Quase não dei por nada. Não fossem os baldes de água que de vez em quando o São Pedro nos atirava para o pára-brisas quando saiamos à rua. Aliás, parecia que andava a jogar às escondidas com a chuva.

De qualquer forma, para mim esteve fantástico só apenas "...because wind and rain are just another kind of good weather."

Caridade

Porque hoje encontrei um grande amigo, que admiro pela forma simples e positiva que tem de encarar a vida, lembrei-me deste tema sobre o qual tantas vezes com ele troquei ideias.

"A verdadeira lei do progresso moral é a caridade." (Camilo Castelo Branco)

Acho esta frase muito cheia, diz tanto em tão pouco. É aqui que reside a essencial do desenvolvimento do Homem.

Não é nas regras mesquinhas, de falsos moralismos, que cresce uma sociedade equilibrada onde há respeito entre os indivíduos.

E caridade é O VALOR. O valor que é completamente antagónico ao que se apregoa por moralidade e ao que se faz em nome desta.

Encontrei este texto, do qual gostei muito, e quis partilhar aqui:

"Do latim "caritas", terceira virtude teologal, é a mais importante trazida pelo cristianismo no plano a que hoje chamamos social. A caridade é a expressão do serviço aos outros, de gratuitidade, de partilha, de generosidade desinteressada. A caridade é, no plano da realização humana, o verdadeiro património comportamental do cristianismo. A caridade é muito mais que solidariedade, compaixão, enternecimento, filantropia, altruísmo ou mesmo fraternidade. É amor, respeito pelos outros, é entrega como valor de vida em sociedade. Não é um disfarce para a hipocrisia por vezes reinante nos dias de hoje. É uma virtude e um principio. É uma categoria moral. A caridade crista é muito diferente da mera partilha do que se tem a mais. Não é uma dispensa do supérfluo, nem uma acto de estigmatização daquele que não a tem. Caridade é amar sem contrapartida. É plenitude de desinteresse pessoal. A caridade é ao mesmo tempo a inteligência do coração e o coração da inteligência. É o ponto de encontro das nossas mãos, das nossas mentes e dos nossos corações na busca incessante do amor ao próximo. A caridade é um importante caminho para a esperança. A caridade significa dar as mãos por nada. E dar as mãos por nada não significa alguém receber nada pelas mãos dos outros. Porque dar as mãos por nada é o oposto de dar as mãos para nada."

Voltando ao amigo que acima referi, este entrou na nossa vida (minha e do Nuno) aos poucos mas de uma forma definitiva. O mundo era mais bonito e um sitio melhor para viver se existissem mais pessoas como ele. Sinto-me muito honrada por ter a sua amizade e por ser sua amiga.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A obesidade infantil, ser criança e a socialização do individuo


A obesidade infantil é um problema dos tempos modernos.
No meu tempo de escola havia "O Gordo". O Gordo era o miúdo gordo da turma, que normalmente era único.

Hoje, são miúdos como os meus que são a excepção na grande maioria das escolas do nosso país, e eventualmente do mundo ocidental.

Felizmente há excepções, e onde estão essas excepções? Saber onde estas acontecem dá-nos uma ideia mais aproximada da causa deste problema. Na terra onde moro, continua a haver um rácio semelhante ao do meu tempo. Os miúdos que moram na mesma terra que eu não comem fast-food? Comem. Não comem doces? Comem.
A questão está em: quando comem fast-food é à hora do almoço ou do jantar e não ao lanche; quando comem doces não é de tal forma que substitui a refeição principal; também comem pão com manteiga e queijo ou fiambre como nós fazíamos; comem peixe, carne, batatas, massa, arroz...e tudo cozinhado segundo a nossa cozinha tradicional cujas gorduras utilizadas não são saturadas .

Mas o principal factor é o que mais mudou na vida dos miúdos do meu tempo e os de agora, e que estes continuam a fazê-lo como os miúdos sempre fizeram: eles mexem-se. Eles pulam, saltam, jogam à bola, andam de bicicleta, sobem às árvores, andam de patins, jogam ao berlinde e a tantos outros jogos de rua, e tudo isto na vida real e não agarrados a uma playstation ou a assistir numa série qualquer de televisão de um canal temático infantil, que passa incessantemente seres sobre realidades que não são a nossa.

E admirem-se, mas eles também andam à pancada uns com os outros, e na realidade sem comandos. E esfolam-se, arranham-se e caem ficando com terra entranhada na pele das mãos e joelhos que só volta a sair na próxima esfoladela...
Mas isto dá-lhes saúde. Dá-lhes saúde, física, psíquica e ensina-os a lidar com a vida, com os outros.

Por isso, a obesidade infantil é mais que um problema de saúde, é um problema de sociedade civil. Ponham os miúdos literalmente na rua. Ponham-nos na rua a serem miúdos, para crescerem mais saudáveis e e para serem Homens melhores e mais sociáveis,

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cada um tem o seu lugar...


Hoje apetecia-me escrever sobre amor, ciúme e relações inter-pessoais, mas há tanta coisa que aqui queria escrever que fico sem saber por onde começar.

Vou começar por uma ponta.

Os meus dois filhos andam na catequese. Para além do motivo religioso, a catequese para mim é também onde eles aprendem valores importantes como o respeito pelo próximo, o valor do amor, e a caridade. Aqui ouvem num outro contexto e com outra abordagem as bases que lhes tento incutir como fundamentais para que vivamos todos cada vez melhor.

Um dos valores principais tanto na catequese como no seio familiar é o amor, e perceber que o amor não é um sentimento finito e com números clausus. Há, efectivamente vários tipos de amor mas não é por se ter vários que estes se anulam uns aos outros ou se sobrepõem.

A ausência de reconhecimento desta verdade, gera ciúmes despropositados. Poderia alongar-me na questão do ciúme mas Freud explica muito melhor que eu. A seu tempo escrevo aqui também sobre a temática.

Retomando.

Como tantas vezes explico aos meus filhos, cada um tem o seu lugar no nosso coração, e ninguém ocupa o lugar de ninguém. O lugar dos filhos é o dos filhos, o do marido/companheiro é o do marido/companheiro, o dos pais é dos pais, o dos amigos é dos amigos, o dos irmãos é dos irmãos, e assim sucessivamente.

Mesmo dentro da mesma "categoria" cada um tem o seu lugar: a minha filha tem o lugar dela e não o do irmão, assim como o dele é o dele e não o dela; a minha amiga Catarina tem o lugar dela, e a minha amiga Xana, ou a Ana têm cada uma o delas; tal e qual como o da minha mãe é o dela e não o do meu pai e vice-versa.

Com isto, o facto de eu gostar muito da Catarina não quer dizer que tenha de gostar menos da Ana porque o que vai para uma não pode ir para a outra.

Cada um tem o seu lugar, quando amamos alguém ninguém pode substituir esse alguém e se há algo realmente inesgotável é este sentimento.

O mais curioso é que há lugares no nosso coração que nem sabemos que existem, até ao dia em que conhecemos o seu "ocupante/dono". Por isto, vamos ao longo da vida tendo cada vez mais lugares ocupados pelas pessoas importantes cujas vidas se vão cruzando com as nossas.

Algumas passamos anos sem as ver, outras nunca mais nos encontramos, outras fazem parte do nosso quotidiano, mas independentemente da frequência de convívio, havendo amor, o seu lugar e inalterável e terão sempre o seu espaço em nós.

(só uma achega a quem não está muito habituado a esta coisa dos blogs e novas tecnologias: aqui logo a seguir onde diz "reflexões" o número que está antes refere-se ao número de comentários feitos ao post, se lá carregarem abre-se uma janela onde aparecem todos os contributos de quem por aqui vai passando e quer deixar uma nota)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pais, Filhos, Padrastos e Enteados


Por onde começar?

Eu sou isso tudo.

Pai de dois filhos, filho com 2 irmãos, padrasto de duas crianças e enteado da actual esposa do meu pai.

O "Nuno pai" ama os seus filhos, mesmo quando não os vê durante dias a fio, devido a uma separação que se revelou inevitável, devido a diferentes formas de estar na vida, de todo incompatíveis. A distância é um facto, mas o amor não conhece distâncias, nem paredes, nem barreiras. Tenho pena de não os acompanhar mais de perto, mas tenho-os como pessoas de bem, que irão crescer e ganhar asas.

O "Nuno filho" cresceu desde muito cedo sem mãe, mas com um pai que deu tudo o que tinha e o que não tinha para garantir que o filho seria uma pessoa justa e de carácter, com valores morais consolidados. Fez o melhor que sabia: deu-me raízes, para que nunca me esquecesse de onde vinha... deu-me asas, para seguir a minha própria direcção.

O "Nuno padrasto" é-o devido às vicissitudes da vida, que o levou ao encontro da sua verdadeira metade, que, com um percurso idêntico (casamento-filhos-separação) se apresentava com duas crianças fantásticas, cativantes e inteligentes. Apanhadas num turbilhão de acontecimentos demasiado complexos para que os pudessem interpretar, resultado de uma separação conturbada, nada pacífica e ainda não totalmente resolvida, foram aos poucos encontrando conforto e segurança através de uma visão mais serena e alheia a rancores, como é a minha. Não fui o salvador da Pátria, mas sei que tive um papel importante. E porque é que sei?

Porque também sou o "Nuno enteado", que encontrou na madrasta não uma mãe, mas uma aliada nos momentos difíceis, uma voz exterior a todo um coro de "ai coitadinho que não tem mãe" que teimava em querer deitar-me ao chão.

Recordo-me dos atritos iniciais entre a minha avó (mãe da minha mãe) e a minha madrasta, que levaram a discussões sem nexo sobre quem mandava em quem, quem tinha mais competência... enfim, exageros desnecessários, pois o que as duas queriam era o melhor para mim e para o meu irmão.

Tudo isto me deu um conceito muito diferente de "família", nada normal para a maioria, mas perfeitamente natural para mim, onde o amor de duas pessoas pode ser a base de um verdadeiro lar. O sangue por si só não faz uma família. É a confiança que se deposita nas pessoas que as une.

Cada caso é um caso e o meu é só mais um... mas achei interessante partilhar 4 pontos de vista diferentes de uma só pessoa sobre o mesmo assunto.

Agora já percebi

(Virna Lisi, co-star with Marisa Mell in two movies: "Casanova '70" in 1965 and "Le Dolci Signore" in 1968)

Há ódios e amores que desenvolvemos nos outros, sobre os quais temos alguma teoria sobre a sua origem, outros nem por isso.

Depois, também os há, daqueles que pensamos uma vida inteira qual a razão e depois descobrimos que afinal era algo tão mais básico e primitivo.

As mulheres, na maioria (felizmente há muitas excepções), vivem em competição. O sentimento de inveja e escárnio por causa da imagem, por a outra ser mais magra, ou ter roupas mais na moda, por causa do cabelo que a outra tem e que é como eu sempre quis para mim...etc.

Ora bem, o que acontece a uma mulher, como essas da tal maioria, quando a fisionomia da figura pública feminina que mais admiram e invejam é bem mais próxima da de outra mulher, que têm como pessoa non grata, que da sua própria?

Pois...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

34

Ainda há pouco tempo esperávamos e preparávamos a comemoração dos 33 anos e já passou mais um ano.
O segundo aniversário que passamos juntos.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Detesto a mudança para a hora de inverno

Sou diariamente presenteada com o privilegio de poder assistir ao nascer do Sol.
Todos os dias, no itinerário que levo, um dos troços é virado a nascente onde tenho como vista a linha o horizonte recortada pelo relevo, ao fundo. Por cima irradia-se uma luz nova, de um novo dia. O Sol ainda está escondido, mas logo de seguida começa a espreitar por detrás dos montes, ao longe.

E assim começa a primeira viagem do dia.

Para o mês que vem deixarei de ter este presente matinal.

Detesto a hora de inverno!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Se não vives satisfeito....

Hoje de manhã, no carro, no caminho para o emprego, ouvi esta música:

"Muda de vida se tu não viveres satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar"

E não é que é mesmo!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Rain is just another kind of good weather


Depois de uma noite chuvosa, o sol nasceu iluminando a nossa janela, numa manhã clara e de cores que só se vêem nesta altura do ano.

O dia começou assim, num acordar calmo e tranquilo, com um aconchego que só os teus braços me dão.

A chuva voltou, mas o sol não foi embora.

Esta manhã, que começou de uma forma tão sublime, acabou com um passeio sob aquele sol fantástico e uns salpicos leves de chuva.

Enquadrados no cenário de uma vila pitoresca da nossa região, eu, tu e os nossos mais novos escrevemos mais um episódio feliz no livro das nossas vidas. Episódio este que o que tem de mais especial está nos pormenores, na essência e só temos a capacidade de desfrutar de cada momento porque vivemos de uma forma positiva e encaramos a vida e o facto de estarmos juntos como uma dádiva sem preço.

Para juntar a tudo isto, a páginas tantas o nosso menino diz: "Mãe, não sei porquê, mas sou tão feliz!"

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Irmãos, sobrinhos e cunhados

Não tenho irmãos de sangue. Sempre senti muita falta de um irmão/irmã. Em criança para brincar (e às vezes até em quem pôr as culpas), na adolescência para conversar, trocar ideias e dúvidas, na idade adulta para ter aquele porto seguro onde poderia desabafar as minhas mágoas, partilhar as minhas alegrias...mas em todas as idades senti falta de ter alguém com quem eu pudesse contar como só se conta com irmão e que eu pudesse ser também essa pessoa para ele/ela.

Felizmente tenho duas grandes amigas que são como irmãs para mim, no verdadeiro sentido da palavra. Estão sempre lá para mim, e eu estou também sempre lá para elas.

Uma consequência incontornável de se ser filha única, é não ter sobrinhos de sangue. Já fui casada e tive cunhados e sobrinhos. Infelizmente nunca tive com estes cunhados um relacionamento sequer semelhante ao de irmãos (nem que seja por afinidade, que afinal é o parentesco dos cunhados). Os sobrinhos, mesmo já não estando casada com o tio deles de sangue, continuo a gostar deles da mesma forma. Tenho pena de não ver mais vezes o reguila mais novo por quem, confesso, tenho um carinho especial.

Hoje tenho duas cunhadas e um cunhado: o irmão e a irmã do meu companheiro e a mulher do irmão.
Gosto muito de todos, mas mais uma vez tenho de confessar a afinidade que surgiu quase que inata entre mim e a mulher do irmão do meu mais que tudo.
Tenho com ela a relação que sempre sonhei com uma "irmã/irmão por afinidade". E ontem aconteceu uma coisa maravilhosa: os meus queridos cunhados foram papás. Nasceu a nossa esperada Leonor.

Sou tia de coração. Sou tia porque o meu companheiro é tio, sou tia porque o irmão dele foi pai, e sou tia porque a minha querida cunhada, amiga, irmã foi mãe.

Estou tão feliz que não caibo em mim: sou tia da Leonor!

Leonor

E hoje somos tios de uma linda menina.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

reflexos

Manifestar o que se sente, tomar decisões, ou qualquer outra manifestação de opinião raramente é pacifico, a não ser que seja sobre algo completamente insípido ou desinteressante.

Como tal, este blog sendo um espaço onde se expressam ideias, sentimentos, opiniões, como o Nuno referiu no último post, também já gerou algumas controvérsias no seu primeiro ano de existência.
Um exemplo claro disso foi um post que aqui escrevi há uns meses, mais precisamente no dia 9 de Fevereiro, sobre o facto de no meu local de trabalho estar muitas vezes abstraída do que me rodeia.

Para além do que aqui se expressa, há outra questão controversa que tem directamente a ver com o uso de novas tecnologias, que disseminam a informação a todos em tempo real e de uma forma muito nova. Há muitas opiniões diversas sobre o que é ou deva ser um blog, sobre o que é ou não expor a sua privacidade, e tudo isto gera opiniões divergentes.

Poderia dissertar aqui uma tese sobre o assunto, mas mais uma vez seria algo muito subjectivo, sobre o qual cada um teceria a sua opinião.
E ainda bem que há diversidade de opinião. Não será a existência de opiniões diferentes que faz a humanidade tão mais interessante?


1 ano de NReflexos...

NReflexos tem um duplo sentido.

Primeiro, o de juntar as nossas iniciais (N de Nuno e R de Raquel).

Depois porque há N coisas que reflectem o nosso estado de espírito, o nosso dia-a-dia, o que nos agrada, o que nos irrita, o que nos faz rir ou chorar, enfim, reflexos daquilo que muitos sentem e não dizem.

Nós escrevemos para que fique registado. E pelos vistos há quem goste e quem odeie aquilo que escrevemos. Mas será sempre assim... se fossemos todos iguais era uma seca!

Obrigado a quem nos segue. Se alguma das coisas que aqui foi dita ajudou a melhorar o vosso dia-a-dia, que bom, já valeu a pena!

Primeiro Aniversário


Pois é, e já faz um ano que decidimos criar o NReflexos.

Foi um espaço, primeiro que tudo, criado para nós. No entanto, e dada a experiência que tinha do outro blog que escrevo, estes espaços podem ser muito mais que isso, sempre que servem para partilhar sentimentos, conhecimentos, experiências e ideias, pois com isso por vezes podemos estar a ajudar alguém, a fazer amizades a enriquecer e ser enriquecidos com os comentários que nos vão deixando.

Basicamente, este blog é escrito por duas pessoas que deram uma grande volta nas suas vidas e que com isso voltaram a ver a vida com esperança. Para quem sente, já sentiu ou já fez o mesmo, sabe do que falamos, para quem está desiludido com a vida só tenho a dizer: é possível tudo ter outro brilho, basta estar acompanhado com a companhia certa.

Obrigada a todos que por aqui passaram e passam, mais ou menos regularmente.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Avós e mães – como se darem bem

Encontrei este artigo aqui e não resisti em partilhá-lo. Não é escrito por mim foi extraído do site abaixo devidamente referenciado.

Achei muito interessante, até porque agora sou apenas "mãe filha", mas espero um dia estar também do outro lado, e ser também avó, assim como a minha filha estará no lugar que ocupo hoje.

"

Mães e crianças


O conflito e a discórdia fazem parte da vida familiar, fazem parte da humanidade. Uma mãe irá sempre ser uma mãe, e uma filha também o será. Entre mãe e filha é normal que um olhar de desaprovação, uma sugestão mal transmitida, um comentário mal-entendido, entre muitas outras situações, possam levar ao conflito. Um laço entre avó-mãe e mãe-filha é único, mas também é propício à discórdia e ao conflito. Amem-se e respeitem-se, e acima de tudo saibam comunicar e não criticar. É necessário que se saibam apreciar e respeitar uma à outra, e que em vez de se criticarem, aprendam a dizer o que sentem; pois numa relação saudável apenas se criticam as ideias e não as pessoas.Quando se é avó não se deixa de ser mãe, e uma boa relação com os netos também depende de uma boa relação entre mãe e filha.

CONSELHO PARA A AVÓ

Deixe a sua filha ser ela própria

Por vezes é difícil aceitar que os filhos seguem caminhos diferentes do que se imaginou para eles. Imaginou-se uma carreira, um bando de netos, uma vida familiar estável e, no final, nada saiu como se sonhou. Nem sempre o que se sonha para os filhos é o certo para eles, o que era ideal há 20 anos atrás pode não se aplicar nos dias de hoje, afinal os objectivos pessoais também mudam de acordo com a realidade. Tentar mudar alguém é a grande receita para o conflito e muitas vezes para a ruptura; oiça a sua filha sem preconceitos e mágoa e apoie as suas decisões. Dê-lhe a liberdade de viver a sua própria vida, mesmo que isso não vá de acordo com o que sempre sonhou para ela.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

Aprecie as diferenças

Por muitas semelhanças que partilhe com a sua mãe, as diferenças parecem sempre ser demasiadas e mais marcantes que as semelhanças. Embora ambas sejam diferentes e tenham percorrido caminhos distintos, não significa que ambas não tenham muito que partilhar. Abrace as diferenças da sua mãe e torne-as numa vantagem. As diferenças são naturais e isso em nada diminui a capacidade de se darem lindamente. Pense na diferença como uma mais-valia e como uma vantagem em vez de uma desvantagem. Se encarar as diferenças com respeito, significará que a vida de ambas será mais serena e muito mais fácil.

CONSELHO PARA A AVÓ

Não pense que a sua filha educa os filhos da forma que o faz só para a contrariar

Quer seja o facto de a sua filha não querer amamentar, de não aplicar castigos mais severos aos seus netos, ou ou porque sobrecarrega os seus netos com trabalhos extra-curriculares, o que quer que seja, é sempre difícil ver a sua filha educar os seus netos de forma distinta do que você faria. Aprenda a respeitar a forma como a sua filha quer educar os filhos dela. Mesmo que não concorde com algumas decisões que considera menos acertadas, apoie as decisões da sua filha e não leve isso a peito. Sempre que os seus netos estiverem na sua companhia respeite as decisões que a sua filha tomou acerca de como educar as crianças, afinal ela é a mãe, e recorde que quando a educou fez um bom trabalho e que ela também o irá fazer certamente.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

Mostre à sua mãe que ela faz falta

Uma mãe passa grande parte da sua vida a criar os filhos e quando estes crescem, pode sentir-se colocada de parte. Crescer e viver a própria vida é natural e desejável, mas fazer com que a sua mãe se sinta sempre parte da sua vida também é importante. Dê-lhe um papel de importância na sua vida, peça-lhe para ajudá-la em algumas tarefas que sabe que ela gosta de fazer, nomeadamente em tarefas relacionadas com os seus filhos, como ir passear com eles, ir buscá-los ao colégio ou até pedindo-lhe simplesmente conselhos relacionados com a sua grande experiência de vida. Se a sua mãe se oferecer para ajudar, não lhe diga que ela não faz falta, tente inclui-la na sua vida e na vida dos seus filhos, acredite que os seus filhos agradecerão e vocês terão uma relação muito mais próxima.

CONSELHO PARA A AVÓ

Seja positiva e não critique a sua filha

Uma sugestão dada por uma mãe a uma filha pode ser facilmente interpretada como uma crítica, especialmente quando se trata de sugestões relativas à educação dos netos, algo que pode ser muito melindroso para a sua filha. Embora a sua intenção seja boa, é importante ter em atenção como é que a sua filha a poderá interpretar. Mesmo que a casa da sua filha esteja num caos, a casa é dela e deve deixar os comentários acerca desse facto para si; em vez disso pode mencionar que se ela necessitar de ajuda, está disposta a ajudá-la. Quando chegar a casa da sua filha, não se coloque logo a arrumar os armários ou a criticar algo, pergunte-lhe se a pode ajudar. Ela perceberá essa atitude como alguém que a está a tentar ajudar em vez de alguém que a está a criticar. E lembre-se da grande máxima: se não tiver nada de bom para dizer, não diga nada.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

A sua mãe é uma pessoa como você

Ao pé da mãe, qualquer filha facilmente se torna na adolescente rebelde que foi quando tinha 16 anos. Porém, quando se tem filhos, a relação com a mãe amadurece e transforma-se mais numa espécie de amizade. Quando perceber que a sua mãe é uma pessoa igual a si, e que você é independente e que ambas desejam o melhor uma à outra, a sua relação com ela solidificará numa amizade mais adulta. Dê à sua mãe a oportunidade de se tornar sua amiga.

CONSELHO PARA A AVÓ

Na dúvida não diga nada

É importante confiar na sua filha e perceber que ela é uma pessoa adulta, que comete erros como todas as pessoas mas que também tem a capacidade de aprender com eles. Por muito que queira poupar os sentimentos de frustração e protegê-la das consequências dos erros que ela pretende cometer, saiba que só ela é capaz de fazer isso. Ela saberá tomar uma boa decisão, e será capaz de fazê-la sem si. Confie no trabalho que fez como mãe. A sua filha não pode sentir que a trata como criança, ela tem de saber que a respeita e que as decisões dela são válidas e levadas a sério por si. Se quer dar um conselho à sua filha pergunte-lhe primeiro se ela quer um conselho seu. Se ela disser que não, respeite-a e aceite.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

Conheça a sua mãe

Conheça verdadeiramente a sua mãe, como pessoa, e não apenas como mãe. Converse com ela, saia com ela para passear, pergunte-lhe acerca da sua vida antes de ser mãe, seja sua amiga, antes de ser filha. Converse com ela acerca dos seus sonhos e acerca dos seus medos, e oiça sem julgamentos, tal como pretenda que ela faça consigo. Converse com ela acerca dos seus primeiros medos e ansiedades quando engravidou pela primeira vez, e quando foi mãe. Ao criar empatia entre você e a sua mãe, criará um laço de amizade muito mais forte.

CONSELHO PARA A AVÓ

Diga à sua filha o quanto a ama

Seja positiva e, acima de tudo, nunca se esqueça de dizer à sua filha o quanto gosta dela e o quanto acha que ela é uma boa mãe. Uma crítica negativa não mudará a atitude da sua filha, porém uma crítica positiva fará milagres. Dê ênfase às qualidades da sua filha e sempre que o fizer não mencione as perspectivas negativas, pois irá estragar tudo o que disse antes. Muitas mães asusmem que as filhas sabem o quanto gostam delas, porém se não o disser, a sua filha não o saberá. Se não viver perto dela, ligue-lhe, mande-lhe um e-mail, ou o que quer que seja que faça com que a sua filha saiba o quanto a ama. Diga à sua filha o que costuma dizer às pessoas acerca dela, será certamente bem, não é?

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

A sua mãe não vai estar cá para sempre, aprecie-a

Infelizmente, por vezes, apenas depois da mãe já não mais estar presente na sua vida, é que a filha pensa no quanto mais tempo devia ter estado com ela, e na quantidade de vezes que lhe deveria ter dito que a amava. Se a sua mãe for um bocadinho implicativa, um pouco mandona, tente levar isso com desportivismo e evite stressar com ela; em vez disse diga-lhe o quanto a ama, e faça a sua vida da forma que desejar. Antes de o fazer, pense no que lhe diz, pois existem coisas das quais mais tarde se poderá arrepender de lhe ter dito, e não evite estar com a sua mãe, lembre-se: ela não irá estar cá para sempre."

Extraído de:http://avosenetos.com/