sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Abanão

A vida tem uma forma estranha de nos dar um valente chapadão para vermos bem os disparates que pensamos e fazemos.
O balanço às vezes é tal que nos estatelamos no chão, em queda livre do alto do nosso pedestal da "nossa razão"

Não quer dizer que a razão não estivesse de todo connosco, mas a verdade é que muitas vezes olhamos só num sentido e bloqueamos a visão panorâmica.

Depois do trambolhão, vê-se melhor. Vê-se que afinal os defeitos e atitudes incorrectas não foram unilaterais e pedimos perdão. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

TPC

A assinalar o dia dos namorados, este ano, tivemos trabalho de casa passado pela escolinha do nosso mais novo.
Pediam-nos apenas que reflectíssemos e concluíssemos a frase "hoje somos mais felizes porque..."
Foi uma tarefa árdua. Vivendo com quem amamos ser feliz é bem mais fácil que explicar porque é que o somos.
Depois de muito pensar, de muito escrever e reescrever não vimos que era tão fácil resumir tudo a meia dúzia de palavras, pois "Hoje somos mais felizes porque vivemos com quem amamos".

domingo, 16 de setembro de 2012

Há coisas que irritam

Há coisas que me irritam.
E quando me irrito fico mesmo irritada.

Respira fundo que isso passa!
Se a causa da irritabilidade persiste é que é pior....

anonimato

O anonimato na escrita, pelo menos neste mundo dos blogs, permite uma abertura que de outra forma não é possível.
Não que não goste deste modelo e forma de blog como o NReflexos, mas confesso que tenho saudades dos tempos que escrevia o que ia na alma sem ter de levar com comentários, que apenas existem porque relacionam o texto com a imagem que têm de mim.

A pretensão, de alguns, de que temos a responsabilidade (e obrigação) de corresponder às expectativas por ordem da imagem que estes criam de nós, irrita-me. Como esta imagem, criada com base sabe-se lá em quê, nunca corresponde ao que somos efectivamente, esses alguns tomam uma atitude de como que traídos quando estas expectativas são frustradas.

Nestas coisas, para evitar viciar o entendimento do que é escrito, não há como não haver associação do texto/ideia à pessoa.

domingo, 13 de maio de 2012

a minha realidade é mais bonita...ou menos feia





A interpretação dos acontecimentos, a forma como os vivemos ou sentimos, influenciam definitivamente como os memorizamos.
Estes ficam armazenados muitas vezes com a história que vimos ou gostávamos de ter visto e não como efectivamente aconteceram.
Depois, se associarmos a esta distorção o facto de haver lugar ao relato sucessivo da historia interpretada, o resultado é o convencimento de que foi real o que imaginámos ou o desenrolar desejado de eventos, ao invés da noção do que aconteceu na realidade.

A pessoa fica de tal maneira convicta desta realidade fictícia (normalmente muito mais conveniente) que quando confrontada com a verdade não a reconhece ou nega-se a reconhecê-la.

Para esta, a verdade toma o lugar da ficção e a sua ficção a da verdade absoluta.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Independência ou morte


Há terapeutas corajosos que ousam classificar como "vício" a eterna dependência do filho em relação à mãe. Talvez haja outros, ainda mais audaciosos, que também caracterizem como viciosa a dependência das mães em relação aos filhos.
Não é só questão de justiça, mas resultado da compreensão de que toda relação de dependência tem dois polos.
Resumindo, mães possessivas também são possuídas. E é nesse espaço de ambiguidade e incerteza que surgem tantas personalidades dependentes e doentias. Fala-se de ambiguidade porque os sentimentos em jogo são os melhores do mundo, os mais insuspeitos e, entretanto, geram graves deformações. Afinal, toda mãe, se for emocionalmente saudável, só quer o bem do seu filho.
Como poderia ser ela a origem da insegurança, ansiedade e medo que vão atormentar o rapaz pelo resto da vida?
Acontece, menina, que nem toda mãe é tão equilibrada quanto a sua. A mãe superprotetora, que se preocupa dramaticamente com o filho, cada vez que ele vai até a esquina e saúda o seu retorno com lágrimas de agradecimento aos céus, como se fosse uma ressurreição, deixará marcas profundas no próprio coitado. E, se não mudar de atitude, carregará para sempre a certeza de que precisa estar ao lado dele, a fim de garantir sua sobrevivência.
Se você não for psicóloga ou psiquiatra, dirá que isso é loucura. E é, embora os profissionais já não utilizem mais palavras tão expressivas, que se tornaram "politicamente incorretas". Há uma infinidade de categorias, siglas e evasivas, para denominar os distúrbios e ocultar, da maioria da população, o seu real significado. E acontece o mesmo em todas as especialidades médicas.
Mãe possessiva tem efeito igual ao que uma pequena queda d'água produz na pedra mais dura: durante anos, insistindo na mesma tecla, tanto batem até que furam as defesas, a personalidade, os sonhos e os desejos do menino que um dia será jovem, adulto e homem maduro, sem se livrar dessa marca. Há muitos por aí que, se descrevessem seus momentos de pânico, descobririam que são da primeira infância.
E qual é o efeito, sobre as mães, da possessividade e dependência do filho?
O primeiro e mais grave efeito é a renuncia a uma vida independente, que lhe permita descobrir e experimentar o seu potencial para ser algo mais, além de mãe em tempo integral. Mãe eterna, por assim dizer.
As mães eternas podem não reconhecer (e nem perceber) o estrago que a dependência produziu em suas vidas, mas basta ouvi-las falar de sua juventude e dos sonhos e projetos que tinham, para descobrirmos o enorme sentimento de perda que tentam ocultar de si mesmas e do resto do mundo.
Algumas queriam escrever, pintar, tocar piano ou prosseguir com os estudos universitários, mas desistiram: "Não havia tempo e energia", elas dirão, pois tinham que se dedicar seus dias e noites a cuidar do bebê.
Só que o bebê cresceu e elas não viram. Não quiseram e não podiam ver, sob pena de permitir que a arquitetura de suas neuroses desabasse inteira.
Você talvez imagine que coisas assim já não acontecem, pois as mulheres de hoje são donas do seu nariz, como dizem tantas meninas que enviam mensagens a esta esquina da ilusão com a verdade.
E elas são mesmo, mas isso não impede que algumas ainda caiam nas armadilhas do passado e se tornem escravas de um ou mais filhos.
E serão escravas de si mesmas, até que um dia descubram onde deixaram o seu grito da independência.

Tião Martins

O Machismo Português e as Traições Amorosas

Na gíria portuguesa, os palitos são a versão económica, e mais moderna, dos cornos. Os cornos, à semelhança do que aconteceu com os automóveis e os computadores, tornaram-se demasiado volumosos e pesados para as exigências do homem de hoje. Daí a crescente popularidade dos mais portáteis e menos onerosos palitos. Contudo, visto que se vive presentemente um período de transição, em que os novos palitos ainda se vêem lado a lado com os tradicionais cornos, continuam a existir algumas sobreposições. Uma delas, herdada do antigamente, deve-se ao facto dos palitos não se saldarem numa diminuição proporcional de sofrimento. Ou seja, não dão uma mera dor de palito -- dão à mesma, incontrovertivelmente, dor de corno. Não é mais carinhoso, por isso, pôr os «palitos» a alguém -- continua a ser exactamente o mesmo que pôr os outros.

Tudo isto vem a propósito da forma atípica, entre os povos latinos, que assume o machismo português. Não se trata do machismo triunfalmente dominador, género «Aqui quem manda sou eu!», do brutamontes que não dá satisfações à mulher. Não -- o machismo português, imortalizado pelo fado «Não venhas tarde», é um machismo apologético, todo «desculpa lá ó Mafalda», que alcança os seus objectivos de uma maneira mais eficaz. É, de facto, o machismo que, não só dá satisfações, como vive delas.

O machismo português é o machismo, não da força masculina, mas da fraqueza. Não consiste no homem armar-se em agressor, mas em vítima. O logro é este: o homem apresenta-se sempre à mulher como vítima da natureza «de homem», dele. Ser homem, para o machista português, é ser essencialmente fraco. É um não-ser-capaz de resistir às tentações; um envergonhado «já sabes como é, filha» que serve para legitimar todos os privilégios de que goza (aos quais chama «deslizes»). À mulher não se admitem estes abusos -- os copos, as entradas às tantas da manhã, os romances -- porque o homem português considera a mulher um ser superior. Como é superior -- mais forte, mais séria, mais responsável, mais ajuizada -- não tem, muito simplesmente, direito a nada.

O homem trata-a como se trata um deus. Julga que ela sabe tudo e, mesmo quando ele lhe mente, sabe que ela não se convence. Pensa também que ele pode tudo e é daqui que vem o medo enorme que lhe tem. E, tal como se faz com um deus, ele peca e pede perdão, mas sem perdoar em troca -- porque um deus, por definição, não pode pecar. Se acaso uma mulher não corresponde a este comportamento divino, é logo considerada uma desgraçada, uma meretriz, uma sem-vergonha. Em suma: no fundo, uma criatura tão baixa e desprezível como um homem.

Logo, é a inferioridade do homem -- infinitamente confessada, declarada e propagandeada -- que lhe impõe o direito de pecar e ser perdoado, e a superioridade da mulher que lhe confere a obrigação de perdoar. O homem, no machismo português, é pouco mais que uma pilha imponente e irresistível de vulnerabilidades. As outras mulheres atraem-no sempre contra vontade, e ele, coitado, não se consegue defender e vai-se instantaneamente abaixo. Como cantava o Carlos Ramos «Tu sabes bem que eu vou para outra mulher, que eu só faço o que ela quer...». A mulher, cheia de uma compreensão indistinguível da santidade, vê-o da janela, coração a sofrer de amor e de piedade, e apenas lhe pede («com carinho») que não venha tarde, «sabendo que ele vem sempre mais tarde». É este o machismo estritamente português, a meio-caminho entre o «Desculpem qualquer coisinha» e o «Era uma vez um rapaz». Nunca diz, à castelhana, «Quero e posso!»; nem disfarça, à italiana, dizendo «Posso mas não quero». Não. Diz, muito à portuguesa «Não quero, mas o que é que tu queres?, é o que posso...». O homem português nunca tem culpa. Arrepende-se sempre, mas não tem culpa porque não consegue deixar de fazer (por muito que não tente) as coisas que lhe apetece imenso fazer. A mulher, em contrapartida, tem quase sempre culpa. Tem, por exemplo, a culpa de atrair o homem, não porque o queira atrair (o querer ou não é irrelevante), mas, simplesmente, porque é mulher, e ele é homem, e não há absolutamente nada a fazer...

O machismo português não é afirmativo e orgulhoso frente à mulher. É um machismo conjuntivo -- «Eu bem gostaria de ser fiel, mas...», ou «Eu bem gostaria de passar mais tempo em casa, mas...», ou ainda «Eu bem gostaria de não ser como sou, mas...». É esse «mas» que torna o machismo português diferente -- não é tanto de macho como de «mas», não é tanto um autêntico machismo como um masismo. Ele não é senhor do seu destino, como ela é do dela (e do dele). As coisas acontecem-lhe, ele bem tentou; foi uma coisa que lhe deu, ele nem sequer deu por ela, e, pronto, «o que é que tu queres, filha?», aconteceu...

A relação entre o homem português e a mulher é vista (pelo homem), como a relação que tem cada um com a sua consciência. E, ao passo que cada um pode andar na boa vai-ela (e depois penitenciar-se), o mesmo não se imagina (nem consente!) à consciência. E, o mais engraçado de tudo, é que a mulher que «sabe tudo», até isto sabe. Ou seja: sabe perfeitamente que esta do «Tu sabes bem...» é pouco mais que uma excelente treta que os homens propagam para poderem pensar que se divertem mais do que as mulheres. O que torna a mulher portuguesa ainda mais superior. Claro.

Tudo isto para regressar, sem dor, à questão dos palitos. A tese central, criação única do machismo português, é esta: É muito fácil pôr os palitos a um homem (basta a mulher olhar para outro), mas é quase impossível pôr os palitos a uma mulher (porque nunca se consegue enganar a consciência). Um homem pode ser, por dá-cá-aquela-palha, um «corno manso», o que é muito pior que ser um corno selvagem ou só semicivilizado. Mas não existe, na língua, correspondência para o sexo feminino. Os palitos são uma coisa terrível que as mulheres podem pôr aos homens mesmo sem chegar a pô-los; mas que os homens nunca podem pôr às mulheres, por muito que lhos ponham. Nesta vantajosa lógica, bastante mais complexa e respeitosa do que aquela que anima outros machismos menos atlânticos, se encontra a alegria e a tristeza do autêntico macho português -- aquele que vem sempre mais tarde, mas cada vez mais cabisbaixo.

Miguel Esteves Cardoso, in 'A Causa das Coisas'

A Outra Face da Inveja

Aqueles que são invejados entristecem-se com o rancor que sentem à sua volta; se são orgulhosos, por receio de algum prejuízo; se generosos, por compaixão dos que invejam. Mas depressa se alegram: se me invejam, isso quer dizer que tenho um valor, dos méritos, das graças; quer dizer que sentem e reconhecem a minha grandeza, o meu triunfo. A inveja é a sombra obrigatória do génio e da glória, e os invejosos não passam, de forma odiosa, de admiradores rebeldes e testemunhas involuntárias. Não custa muito perdoar-lhes, quando existe o direito de me comprazer e desprezá-los. Posso mesmo estar-lhes, com frequência, gratos pelo facto de o veneno da inveja ser, para os indolentes, um vinho generoso que confere novo vigor para novas obras e novas conquistas. A melhor vingança contra aqueles que me pretendem rebaixar consiste em ensaiar um voo para um cume mais elevado. E talvez não subisse tanto sem o impulso de quem me queria por terra.
O indivíduo verdadeiramente sagaz faz mais: serve-se da própria difamação para retocar melhor o seu retrato e suprimir as sombras que lhe afectam a luz. O invejoso torna-se, sem querer, o colaborador da sua perfeição.

Giovanni Papini, in 'Relatório Sobre os Homens'

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Manhãs que inspiram

Há coisas que acontecem, e imagens que vemos, que nos inspiram o dia quando acontecem logo pela manhã. Hoje foi um desses dias.
Logo logo a seguir a tomar um café com o meu marido e deixar a minha mais novinha (até agora) vejo uma amiga a caminhar no passeio com o seu marido.
Iam lado a lado, ele levava a sua bicicleta à mão e iam a conversar e a sorrir. Que conversavam não sei, ou sequer de que se riam, mas aquela imagem inspirou o meu dia. 
Hoje, numa manhã soalheira, ainda com orvalho no chão, vi um casal feliz a caminhar  lado a lado com dois lindos sorrisos que transpiravam positividade na vida.
Bem Hajam.

sábado, 22 de outubro de 2011

Estamos uns baldas, há quanto tempo não colocamos aqui uma nova publicação!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

fisiológico vs cultural

Tenho saudades de alguém que me é querido. Mas, o certo, é que de há uns tempos para cá sempre que está comigo, diz coisas que me magoam. Por vezes nem é preciso estar junto, pois ouço e sinto o que diz mesmo sem a minha presença.
Isto faz-me pensar de quem tenho eu saudades e de quê?

De alguém que tudo o que dá é na esperança de contrapartida, mais que não seja submissão ou obediência, ao ponto de querer que quem é ajudado siga o projecto de vida que quem ajuda desenhou e não o seu próprio projecto?
De alguém que ao não obter a esperada contrapartida, acena com a ajuda que prestou como que uma dívida e apregoa aos sete ventos que ajudou e que quem foi ajudado é ingrato. Ingrato porque quis decidir sobre a própria vida? É isto ser ingrato?

Quem ajuda por amor genuíno não espera contrapartidas dessas.

A contrapartida que devemos esperar pela nossa dedicação aos nossos filhos deve ser que sejam felizes, mesmo que não entendamos a sua felicidade. 

Mas há pais que consideram que eles é que sabem e definem o que é ser feliz para um filho. E quando o que faz estes felizes não é o que os progenitores planearam, rejeitam.

Nestes casos só me vem à cabeça uma frase que um psicólogo, que foi meu formador, disse uma vez: Um filho amar uma mãe é fisiológico mas uma mãe amar um filho é cultural.

Assim se entende o porquê da saudade...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tesouros da Infância

Há coisas que são sempre nossas, outras que nunca foram.
As memórias é o que temos de mais rico do passado.
Da minha infância pouco ou nada tenho hoje em dia, por vicissitudes da vida, as coisas materiais desse tempo foram-se perdendo ou sendo aprisionadas por terceiros.

Ontem lembrei-me da minha casa, do meu quarto, das minhas coisas...

O meu quarto cor-de-rosa, com a mobília única feita pelo avô da minha madrinha para ela, a qual me foi oferecida aquando a renovação do seu quarto.

Lembrei-me das coisas mais banais que, mesmo sem que eu desse por elas, faziam parte do meu dia-a-dia, do meu refugio, do único espaço que era realmente meu: o meu quarto.

Do meu tempo de infância pouco ou nada tenho hoje em dia, pouco ou nada tenho de objectos, de coisas...mas as memórias são minhas e essas ninguém me pode tirar ou privar.

Lembro-me dos dias de brincadeira infinitos; lembro-me da minha mãe junto à janela da sala à espera do meu pai que chegava do trabalho, algumas vezes acompanhada de um livro de palavras cruzadas; lembro-me de ver o meu pai a aparecer ao fundo da rua, com a sua pasta preta na mão, com um passo acelerado na pressa de chegar a casa; lembro-me dos vizinhos; lembro-me da escada, que era a mais luminosa que conhecia; lembro-me de passar horas em frente ao espelho do quarto dos meus pais; lembro-me....

Este tesouro da minha infância é meu e ninguém me o tira.
Mesmo que pouco ou nada tenha dos objectos que faziam parte desse tempo. Mesmo que as pessoas que se afastaram de mim, por não concordarem/aceitarem as minhas opções de vida, me vão privando e se privando de construir mais boas  memórias em conjunto, nunca poderão sair da minha infância.

Essas memórias ninguém me tira, essas são minhas, as memórias do tempo em que era "a filha" a não só e apenas "a mãe dos netos".



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nomes, alcunhas e afins



Qual dicionário da língua portuguesa, se eu e o meu parceiro de vida tivéssemos de pôr no CC todas as designações, nomes, alcunhas e afins que temos (e coleccionamos com muito amor e carinho), em vez de um cartão tínhamos um bloco de notas de quilo.
Teria de ser algo ainda com páginas a preencher, porque à velocidade que a lista cresce, não havia orçamento para actualização de documentos que lhe valesse.

domingo, 7 de agosto de 2011

Gostava de vos ver aqui

Gostava de estar aí
A ver o que se passa aqui, no palco
P’ra não fazer juízo errado
Pois isto de cantar,
É muito mais difícil
Cá deste lado

Às vezes vocês daí
Nem sonham o que vai pra’qui, no palco
Nem pensam que na vossa frente
Quem canta, quem vos diz as coisas
Também é gente



Gente que trabalha,

Como um Carpinteiro
Como um Camponês
Ou como um Mineiro

Gente que faz o trabalho

Como faz amor,
Amor verdadeiro

Gente que vos diz,
Que a canção sou eu,
A canção és tu,
Por isso cresceu
A canção é p’ra vocês,
E só p’ra vocês,
A canção nasceu


Às vezes ficar aí
É fácil, é melhor que estar aqui
É fácil estar aí sentado
Por isto ou por aquilo

Julgar quem canta
Cá deste lado


Gostava de vos ver aqui
Aqui ao pé de mim e não aí 
E assim seria bem diferente 
Fazia da canção um palco 
p’ra toda a gente


(Paulo de Carvalho)

sábado, 6 de agosto de 2011

Parov Stelar - Catgroove (TSC - Forsythe)



A segunda música da última coreografia de ballet contemporâneo deste ano: Into the Groove
Com uns figurinos fantásticos: calções pretos curtinhos, t-shirt justa branca e blazers de homem grandes.

Parov Stelar - Booty Swing (TSC - Forsythe)



Uma das músicas da última coreografia de ballet contemporâneo deste ano (a primeira música): Into the Groove

Hoje chamaram-me de Saltimbanco.

Quem dera ter tal arte. De qualquer forma um elogio deve-se sempre agradecer...lamentavelmente não sei a quem o fazer pois tal atributo foi me dito por escrito sem ser assinado.

Nova cara...

...o mesmo objectivo, ir "desabafando" algumas reflexões. :)

Obrigado pelas visitas.

Já agora, uma reflexão para hoje: confiem nos vossos instintos no que toca ao vosso trabalho. Se errarem será porque tentaram e não porque fizeram o que os outros achavam melhor.