terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vida


Hoje faz 9 meses que me separei. Foi o concluir de um casamento acabado há muito.

9 meses é o período de tempo necessário para gerar uma vida, e neste período gerei efectivamente uma vida: a minha, a minha nova vida.

Renasci enquanto pessoa, reencontrei as minhas convicções, gostos e aptidões....

Como é que alguém pode dizer que ama alguém quando lhe suga a alegria, e ao longo do tempo transforma a dita pessoa amada em alguém amargo e desiludido com a vida?

O amor gera exactamente o contrário: alegria, força de viver e mostra-nos sempre o melhor lado da vida.

Obrigada Nuno, obrigada meu amor, por me teres devolvido tudo isso e me teres ajudado, a tempo, a sair do estado doentio de vida em que me encontrava. Obrigada por me teres ajudado a voltar acreditar na vida.

Há nove meses dei o meu grito maior de liberdade e recomecei a viver!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Atravessar a rua


Que esta terra tem um micro-clima, todos sabemos e explicar sob o ponto de vista cientifico é fácil de fazer. Agora que é uma terra de micro-população.....

Se não vejamos, em duas passadeiras com cerca de 100 metros de distancia: numa paramos porque um pombo por ela caminha direitinho, certinho, a atravessar a rua, numa perpendicular perfeita; na seguinte vêm duas mulheres que conseguem acertar em nenhuma das listas da zebra e na maior diagonal possível.

Não resisti em dizer que as transeuntes deveriam perguntar ao pombo como atravessar a rua, que não obstante de ter asas e poder voar por cima de tudo, não hesitou em cumprir à risca o código da estrada e as regras de boas maneiras ao transitar na via publica.

Conjecturei depois a possibilidade do bicho ser "forasteiro" (como por aqui os locais gostam de chamar de forma enfatizada quem vem de fora), e estaria de visita à família, sendo possivelmente natural do Rossio.

E a malta das cidades grandes é que não tem maneiras....

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sempre a Subir....


Foram Cardos Foram Prosas

Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor

Há madresilvas aos pés
E aguas lavam o rosto
A morte é uma maré
Olho o teu amado corpo

Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim

Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos foram prosas
Arrancados ao meu solo

Oi que ainda me queres
No amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Sejamos amantes supremos


Composição: Letra: Miguel Esteves Cardoso | Música: Ricardo Camacho

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

falar a dizer e falar sem dizer

Falar muito? Sim, gosto de falar, gosto de explicar de deixar tudo muito claro, sem duvidas!

Mas sou mulher, e como todas as mulheres por vezes gosto que adivinhes o que quero sem o ter de dizer, deixando apenas pequenas pistas.

E, estupidamente, quando não percebes pelas pistas que te deixo fico zangada...

Pois...é estúpido eu sei...

Mas que posso fazer, sou assim...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vida e morte


O pai de uma grande amiga faleceu ontem.
Além de toda a dor de sentir que uma amiga está a sofrer, sempre que algo assim acontece equacionamos muita coisa.
Há sempre aquelas frases e pensamentos da praxe: "tanta coisa para isto" ou "a vida é mesmo frágil"...
A vida é frágil, sim. Mas é também algo extraordinariamente fantástico por isso a morte nos custa tanto. Por outro lado, é esta mesma morte que dá tanto valor à vida, pois na ausência desta o que seria a vida?
Isto é tudo muito fácil dizer mas nada fácil de sentir quando são os nossos entes queridos a passar para outro estado.

Amiga, estamos contigo nesta dor e sempre.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Mesmo assim


Até mesmo no desentendimento, até mesmo quando estás magoado, até mesmo quando sais....eu nunca me sinto sozinha.

Mesmo nos momentos menos bons, mesmo quando discordamos, mesmo quando te afastas.....eu sinto-me acompanhada e principalmente amada.