quarta-feira, 29 de setembro de 2010

reflexos

Manifestar o que se sente, tomar decisões, ou qualquer outra manifestação de opinião raramente é pacifico, a não ser que seja sobre algo completamente insípido ou desinteressante.

Como tal, este blog sendo um espaço onde se expressam ideias, sentimentos, opiniões, como o Nuno referiu no último post, também já gerou algumas controvérsias no seu primeiro ano de existência.
Um exemplo claro disso foi um post que aqui escrevi há uns meses, mais precisamente no dia 9 de Fevereiro, sobre o facto de no meu local de trabalho estar muitas vezes abstraída do que me rodeia.

Para além do que aqui se expressa, há outra questão controversa que tem directamente a ver com o uso de novas tecnologias, que disseminam a informação a todos em tempo real e de uma forma muito nova. Há muitas opiniões diversas sobre o que é ou deva ser um blog, sobre o que é ou não expor a sua privacidade, e tudo isto gera opiniões divergentes.

Poderia dissertar aqui uma tese sobre o assunto, mas mais uma vez seria algo muito subjectivo, sobre o qual cada um teceria a sua opinião.
E ainda bem que há diversidade de opinião. Não será a existência de opiniões diferentes que faz a humanidade tão mais interessante?


1 ano de NReflexos...

NReflexos tem um duplo sentido.

Primeiro, o de juntar as nossas iniciais (N de Nuno e R de Raquel).

Depois porque há N coisas que reflectem o nosso estado de espírito, o nosso dia-a-dia, o que nos agrada, o que nos irrita, o que nos faz rir ou chorar, enfim, reflexos daquilo que muitos sentem e não dizem.

Nós escrevemos para que fique registado. E pelos vistos há quem goste e quem odeie aquilo que escrevemos. Mas será sempre assim... se fossemos todos iguais era uma seca!

Obrigado a quem nos segue. Se alguma das coisas que aqui foi dita ajudou a melhorar o vosso dia-a-dia, que bom, já valeu a pena!

Primeiro Aniversário


Pois é, e já faz um ano que decidimos criar o NReflexos.

Foi um espaço, primeiro que tudo, criado para nós. No entanto, e dada a experiência que tinha do outro blog que escrevo, estes espaços podem ser muito mais que isso, sempre que servem para partilhar sentimentos, conhecimentos, experiências e ideias, pois com isso por vezes podemos estar a ajudar alguém, a fazer amizades a enriquecer e ser enriquecidos com os comentários que nos vão deixando.

Basicamente, este blog é escrito por duas pessoas que deram uma grande volta nas suas vidas e que com isso voltaram a ver a vida com esperança. Para quem sente, já sentiu ou já fez o mesmo, sabe do que falamos, para quem está desiludido com a vida só tenho a dizer: é possível tudo ter outro brilho, basta estar acompanhado com a companhia certa.

Obrigada a todos que por aqui passaram e passam, mais ou menos regularmente.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Avós e mães – como se darem bem

Encontrei este artigo aqui e não resisti em partilhá-lo. Não é escrito por mim foi extraído do site abaixo devidamente referenciado.

Achei muito interessante, até porque agora sou apenas "mãe filha", mas espero um dia estar também do outro lado, e ser também avó, assim como a minha filha estará no lugar que ocupo hoje.

"

Mães e crianças


O conflito e a discórdia fazem parte da vida familiar, fazem parte da humanidade. Uma mãe irá sempre ser uma mãe, e uma filha também o será. Entre mãe e filha é normal que um olhar de desaprovação, uma sugestão mal transmitida, um comentário mal-entendido, entre muitas outras situações, possam levar ao conflito. Um laço entre avó-mãe e mãe-filha é único, mas também é propício à discórdia e ao conflito. Amem-se e respeitem-se, e acima de tudo saibam comunicar e não criticar. É necessário que se saibam apreciar e respeitar uma à outra, e que em vez de se criticarem, aprendam a dizer o que sentem; pois numa relação saudável apenas se criticam as ideias e não as pessoas.Quando se é avó não se deixa de ser mãe, e uma boa relação com os netos também depende de uma boa relação entre mãe e filha.

CONSELHO PARA A AVÓ

Deixe a sua filha ser ela própria

Por vezes é difícil aceitar que os filhos seguem caminhos diferentes do que se imaginou para eles. Imaginou-se uma carreira, um bando de netos, uma vida familiar estável e, no final, nada saiu como se sonhou. Nem sempre o que se sonha para os filhos é o certo para eles, o que era ideal há 20 anos atrás pode não se aplicar nos dias de hoje, afinal os objectivos pessoais também mudam de acordo com a realidade. Tentar mudar alguém é a grande receita para o conflito e muitas vezes para a ruptura; oiça a sua filha sem preconceitos e mágoa e apoie as suas decisões. Dê-lhe a liberdade de viver a sua própria vida, mesmo que isso não vá de acordo com o que sempre sonhou para ela.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

Aprecie as diferenças

Por muitas semelhanças que partilhe com a sua mãe, as diferenças parecem sempre ser demasiadas e mais marcantes que as semelhanças. Embora ambas sejam diferentes e tenham percorrido caminhos distintos, não significa que ambas não tenham muito que partilhar. Abrace as diferenças da sua mãe e torne-as numa vantagem. As diferenças são naturais e isso em nada diminui a capacidade de se darem lindamente. Pense na diferença como uma mais-valia e como uma vantagem em vez de uma desvantagem. Se encarar as diferenças com respeito, significará que a vida de ambas será mais serena e muito mais fácil.

CONSELHO PARA A AVÓ

Não pense que a sua filha educa os filhos da forma que o faz só para a contrariar

Quer seja o facto de a sua filha não querer amamentar, de não aplicar castigos mais severos aos seus netos, ou ou porque sobrecarrega os seus netos com trabalhos extra-curriculares, o que quer que seja, é sempre difícil ver a sua filha educar os seus netos de forma distinta do que você faria. Aprenda a respeitar a forma como a sua filha quer educar os filhos dela. Mesmo que não concorde com algumas decisões que considera menos acertadas, apoie as decisões da sua filha e não leve isso a peito. Sempre que os seus netos estiverem na sua companhia respeite as decisões que a sua filha tomou acerca de como educar as crianças, afinal ela é a mãe, e recorde que quando a educou fez um bom trabalho e que ela também o irá fazer certamente.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

Mostre à sua mãe que ela faz falta

Uma mãe passa grande parte da sua vida a criar os filhos e quando estes crescem, pode sentir-se colocada de parte. Crescer e viver a própria vida é natural e desejável, mas fazer com que a sua mãe se sinta sempre parte da sua vida também é importante. Dê-lhe um papel de importância na sua vida, peça-lhe para ajudá-la em algumas tarefas que sabe que ela gosta de fazer, nomeadamente em tarefas relacionadas com os seus filhos, como ir passear com eles, ir buscá-los ao colégio ou até pedindo-lhe simplesmente conselhos relacionados com a sua grande experiência de vida. Se a sua mãe se oferecer para ajudar, não lhe diga que ela não faz falta, tente inclui-la na sua vida e na vida dos seus filhos, acredite que os seus filhos agradecerão e vocês terão uma relação muito mais próxima.

CONSELHO PARA A AVÓ

Seja positiva e não critique a sua filha

Uma sugestão dada por uma mãe a uma filha pode ser facilmente interpretada como uma crítica, especialmente quando se trata de sugestões relativas à educação dos netos, algo que pode ser muito melindroso para a sua filha. Embora a sua intenção seja boa, é importante ter em atenção como é que a sua filha a poderá interpretar. Mesmo que a casa da sua filha esteja num caos, a casa é dela e deve deixar os comentários acerca desse facto para si; em vez disso pode mencionar que se ela necessitar de ajuda, está disposta a ajudá-la. Quando chegar a casa da sua filha, não se coloque logo a arrumar os armários ou a criticar algo, pergunte-lhe se a pode ajudar. Ela perceberá essa atitude como alguém que a está a tentar ajudar em vez de alguém que a está a criticar. E lembre-se da grande máxima: se não tiver nada de bom para dizer, não diga nada.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

A sua mãe é uma pessoa como você

Ao pé da mãe, qualquer filha facilmente se torna na adolescente rebelde que foi quando tinha 16 anos. Porém, quando se tem filhos, a relação com a mãe amadurece e transforma-se mais numa espécie de amizade. Quando perceber que a sua mãe é uma pessoa igual a si, e que você é independente e que ambas desejam o melhor uma à outra, a sua relação com ela solidificará numa amizade mais adulta. Dê à sua mãe a oportunidade de se tornar sua amiga.

CONSELHO PARA A AVÓ

Na dúvida não diga nada

É importante confiar na sua filha e perceber que ela é uma pessoa adulta, que comete erros como todas as pessoas mas que também tem a capacidade de aprender com eles. Por muito que queira poupar os sentimentos de frustração e protegê-la das consequências dos erros que ela pretende cometer, saiba que só ela é capaz de fazer isso. Ela saberá tomar uma boa decisão, e será capaz de fazê-la sem si. Confie no trabalho que fez como mãe. A sua filha não pode sentir que a trata como criança, ela tem de saber que a respeita e que as decisões dela são válidas e levadas a sério por si. Se quer dar um conselho à sua filha pergunte-lhe primeiro se ela quer um conselho seu. Se ela disser que não, respeite-a e aceite.

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

Conheça a sua mãe

Conheça verdadeiramente a sua mãe, como pessoa, e não apenas como mãe. Converse com ela, saia com ela para passear, pergunte-lhe acerca da sua vida antes de ser mãe, seja sua amiga, antes de ser filha. Converse com ela acerca dos seus sonhos e acerca dos seus medos, e oiça sem julgamentos, tal como pretenda que ela faça consigo. Converse com ela acerca dos seus primeiros medos e ansiedades quando engravidou pela primeira vez, e quando foi mãe. Ao criar empatia entre você e a sua mãe, criará um laço de amizade muito mais forte.

CONSELHO PARA A AVÓ

Diga à sua filha o quanto a ama

Seja positiva e, acima de tudo, nunca se esqueça de dizer à sua filha o quanto gosta dela e o quanto acha que ela é uma boa mãe. Uma crítica negativa não mudará a atitude da sua filha, porém uma crítica positiva fará milagres. Dê ênfase às qualidades da sua filha e sempre que o fizer não mencione as perspectivas negativas, pois irá estragar tudo o que disse antes. Muitas mães asusmem que as filhas sabem o quanto gostam delas, porém se não o disser, a sua filha não o saberá. Se não viver perto dela, ligue-lhe, mande-lhe um e-mail, ou o que quer que seja que faça com que a sua filha saiba o quanto a ama. Diga à sua filha o que costuma dizer às pessoas acerca dela, será certamente bem, não é?

CONSELHO PARA A MÃE FILHA

A sua mãe não vai estar cá para sempre, aprecie-a

Infelizmente, por vezes, apenas depois da mãe já não mais estar presente na sua vida, é que a filha pensa no quanto mais tempo devia ter estado com ela, e na quantidade de vezes que lhe deveria ter dito que a amava. Se a sua mãe for um bocadinho implicativa, um pouco mandona, tente levar isso com desportivismo e evite stressar com ela; em vez disse diga-lhe o quanto a ama, e faça a sua vida da forma que desejar. Antes de o fazer, pense no que lhe diz, pois existem coisas das quais mais tarde se poderá arrepender de lhe ter dito, e não evite estar com a sua mãe, lembre-se: ela não irá estar cá para sempre."

Extraído de:http://avosenetos.com/

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coisas que me irritam

Porque é que sempre que abro uma caixa de um medicamento qualquer, abro sempre do lado da bula?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Comunicação


Como profissional com doze anos de rádio, aprendi que a comunicação é uma arte que nem todos dominam e que a falta dela gera e continua a gerar conflitos e desentendimentos.

É no médio-oriente, nas Coreias divididas, nas repúblicas ex-URSS ou no quintal de uma qualquer casa portuguesa.

Basta duas pessoas não falarem a mesma língua que a barreira começa a erguer-se... e o mesmo idioma pode ter diversas "línguas"... o que para uns é normal, para outros é um atroz desaforo.

A linguagem do amor, porém, é universal. Ultrapassa barreiras, desigualdades, injustiças. Cria laços, pontes, fraternidade, solidariedade.

A do ódio, infelizmente, também é universal e destrói tudo o que o amor pode construir.

Vivemos numa cultura de ódio, desprezo, arrogância e prepotência. Cabe a cada um cultivar-se se quiser ser diferente, se quiser optar. Ou arrisca-se a ser mais um no rebanho.

Não tenho nada contra quem quer ser ovelha, nem me oponho a quem o quer ser, não permito é que me odeiem por não querer "pastar" ao mesmo ritmo. Sou diferente, gosto de ser diferente, gosto que respeitem as minhas diferenças.

Deixem-me viver no amor, na alegria, na partilha... para mim não faz sentido viver doutra forma. Não dou para intriga nem coscuvilhice. Gosto de rectidão e de justiça.

Se nunca menti? Já! Claro! Ninguém é santo. Mas NUNCA para prejudicar ninguém deliberadamente.

Por já ter mentido, percebi que só traz angústia, consciência pesada e por isso decidi viver na verdade, custe o que custar.

Voltando ao tópico, comuniquem, digam bom dia a quem passa, agradeçam a quem vos facilita a vida, peçam licença para passar, digam sempre o que vos vai na alma e não o que acham que os outros querem ouvir... vai afastar quem vier por mal e "fidelizar" quem vier por bem.

Experiência própria.

P.S.: Dedico este post à Catarina, ao Pedro, à Ana, ao André, à Ângela e claro, à minha mais-que-tudo, companheira de blog e de vida, à qual confiei todos os meus segredos, virtudes e defeitos sem medo, sabendo que ela fez exactamente o mesmo. Amo-te Raquel.

Há estrelas no céu


Depois de ler este post, veio-me à memória passagens do meu passado próximo e dos meus últimos anos de casada.

Memórias dos dias em que contemplar o céu, à noite da minha varanda, era o momento alto do dia. Era naquela altura que eu podia parar, sossegar os pensamentos e sentir paz.
Sentir a paz que não tinha durante o dia com a azáfama das tarefas profissionais e maternais, a paz e o aconchego que não sentia junto da pessoa que tinha escolhido para partilhar a vida.

Eram os momentos na minha varanda, a olhar para as estrelas, umas vezes só outras com os meus filhotes ao colo (um de cada vez ou os dois ao mesmo tempo), que renovava a minha esperança na vida.
Eles próprios gostavam de ali estar comigo, aninhados no meu colo onde acabavam por adormecer o sono dos anjos.

Já não vou para a varanda, e hoje o aconchego que as estrelas me davam encontro dentro de casa. Os pequenos continuam a adormecer tantas vezes aninhados em mim, ou no Nuno, e a dormir o sono dos anjos, embalados pelo bater do meu coração agora confiante e com esperança convicta na vida.

Coração na boca.


Tenho o coração muito perto da boca.
Para uns um grande defeito para outros uma grande virtude.
Não podemos agradar todos, mas é a diversidade que faz a vida ser tão rica.
Por isto suscito, na maior parte dos casos, sentimentos extremos em relação à minha pessoa: há os que me adoram e os que não me suportam.

Não podemos, no entanto confundir o manifestar o que se sente com a forma como se o faz. Não é por dizer o que sinto que tenho o direito de faltar ao respeito de quem quer que seja, ou ser mal educada.
Se houver nobreza nos sentimentos não se corre esse risco.

Por outro lado há muito quem confunda civismo e diplomacia com dissimulação e cinismo.
O segredo está em dizer o que se acha, acredita e sente de forma cívica e diplomática, sem ser uma pessoa dissimulada ou cínica.

Tenho duas amigas que são eximias nesta arte, e os anos têm-me ajudado a desenvolver essa qualidade. Elas são o terror de quem é injusto, mentiroso ou dissimulado. Bem, só não são o terror dos tristes dos estúpidos que não conseguem ter capacidade cognitiva para digerir a argumentação delas. Não podemos esquecer que gente (daqueles que não chegam a pessoas) são como os cães: só percebem a entoação e não o texto que se diz. Curiosamente, estes confundem educação com submissão e quando uma pessoa faz valer a razão e os direitos, aqui d'El Rei que eu pensava que eu mandava.

E porque já fugi do tema do post, só me lembro de acrescentar: a falta de inteligência associada à ausência de valores, temperada com alguma presunção...hummm é um pitéu para o apodrecimento das relações interpessoais.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sociedade e vida em comunidade


Ninguém é igual a ninguém, a diferença é que só alguns têm coragem de assumi-lo. Quem o faz é sucessivamente sujeito a criticas e a escárnio por não cumprir "as regras da sociedade".

Ora isto leva-nos a outra questão, o que são as regras de uma sociedade e o que é viver em comunidade.
Não é preciso ser antropólogo para saber que estas são verdades tão discutíveis e variáveis que de sociedade para sociedade podem variar tanto como ser o oposto de uma para outra. Mas não querendo entrar por esse campo, e partindo do principio das regras da nossa sociedade ocidental, europeia do século XXI, continua a questão de o que são regras de vida em sociedade.

Estas regras de conduta devem regular o convívio e a vivência entre pessoas que têm de viver em conjunto, numa comunidade, e deve incidir apenas sobre o que afecta o relacionamento interpessoal e o limite é a individualidade de cada um.
O mais difícil é encontrar esta fronteira, pois em geral a comunidade confunde o regular a vida em comunidade com o imiscuir-se na vida dos outros.

Temos de ter regras, para viver em conjunto, o civismo é imprescindível. No entanto, no que é que a minha vida pessoal e amorosa interfere com a vida cívica

Porque há quem entenda que as alterações na vida pessoal de cada um deve ter um período de adaptação dos demais, e só depois desse luto feito por quem em nada é afectado por essa alteração se pode então entender esse acto como autorizado, ou algo que não é desrespeitador das regras de sociedade?

Com as devidas reservas, mas não foram porventura quem se arriscou a assumir algo diferente, do que era aceite pela dita comunidade, que gerou os maiores impulsos na evolução das sociedades?

Preocupação e privacidade

É bom que os nossos se preocupem connosco... mas também é bom que confiem nas nossas decisões.

Sempre ouvi dizer:"pas de nouvelles, bonnes nouvelles" ou seja, se não há notícias é porque há boas notícias.

Já somos grandinhos e sabemos tomar conta de nós. Ah, mas gostamos muito de vocês, mesmo assim. Ok?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pombo civilizado

Lembram-se deste?
Hoje cruzamo-nos novamente com o dito e adivinhem onde.
Exactamente! A atravessar a rua na passadeira.

Laura a leiteira

Já aqui falei de pessoas marcantes na minha infância, hoje de manhã cedinho cedinho, ao despedir-me do Nuno antes de irmos trabalhar lembrei-me de mais uma personagem interessante.

Laura era a leiteira que, todos os dias, levava o leite fresco embalado naquelas embalagens moles que, sem o devido cuidado, entornavam metade do leite assim que se desse um golpe com a tesoura num dos seus cantos.

Tempos em que não havia abertura fácil e o leite tinha de ser fervido, aventura esta que para mães com filhos mais irrequietos, que a distraíssem de tal tarefa, fazia com que o simples arranjar uma caneca de leite acabasse com uma limpeza completa ao fogão.

Voltando à Laura, esta era uma mulher com ar rude, até um pouco masculino cujo rosto tenho uma vaga ideia. Eu era pequena, e lembro-me de ficar no topo da escada junto à minha porta, que ficava no primeiro andar, e de a ver no hall de entrada da escada do prédio. A minha mãe descia para ir buscar o leite e nunca me lembro de a ver mais perto que isto.

Lembro-me de o meu pai trocar alguns ditos brincalhões com ela, coisa ainda comum nele hoje em dia com quem se dá a essas coisas.

Foi no meio deste escárnio diário, que nunca teve o objectivo de ofender mas apenas brincar, que o meu pai me ensinou o dito que anos mais tarde um grupo humorista português veio a dar fama. Era ver-me pequena, assim que a Laura tocava a campainha, a correr para a porta e ficar pendurada no gradeamento da escada à espreita para baixo e gritar:
"Vai trabalhar!"

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Aulas de Dança


Já lá vão 15 anos, desde a última vez que tive aulas de dança.

Vamos ver se perdi o jeito ou não.

Só para reforçar o último post...


É simples? A-ha, isso é porque eu ainda não olhei com olhos de ver. Quando eu começar a teorizar acreditem que o acto/coisa/processo mais simples do universo terá tanto que se lhe diga.....

Onde está o modo de stand-by desta coisa que tenho aqui dentro da minha caixa cefálica??????

Safa! Que a gaja é complicada.

Bolas! Complicadinha aqui a menina. E quem é que se lixa com isso, quem é???
EU!