quarta-feira, 24 de março de 2010

Um olhar II

Olhar magnético

Um olhar oblíquo como que casual distraído
Capta a cena ondulante apreendida em negativo,
Olhar repetido pela periferia da vida para o centro
Do corpo, presença de soslaio nos olhos verdes
Linha serpenteante de um vaporoso rosto divino.

Olhar que não quer afirmando-se no cruzamento
De outro olhar que procura pelas ondas artesianas
Da atracção em corpos; atravessam olhares
Que se atraem numa química indecifrável e daltónica
Olhares sinuosos suaves meiguices que se dilatam.

O olhar desejoso colorido percorre espaços
Divergentes como indiferentes, presa atenta capaz
De exaurir o corpo denso no rosto de imagens
Que se concentra em paleta musical saltos vivos
De acrobata de olhar magnético e sinuoso.

Autor desconhecido

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