sexta-feira, 5 de março de 2010

Blogs, redes sociais e privacidade


Ter um blog e escrever sobre nós, sobre o que sentimos, o que vivemos, partilhar experiências ou apenas postar um desabafo, é ou não expor a nossa intimidade/privacidade?

E será que a não escrever estamos mesmo a proteger esta da intromissão de conhecidos e desconhecidos com quem não queiramos partilhar a nossa vida?
E a conseguir essa pretendida protecção, será que ganhamos ou perdemos?

Como tudo na vida tem vantagens e desvantagens. Cabe a cada um avaliar e pesar umas e outras e optar.

Tenho um blog desde Maio de 2007, onde comecei por partilhar as histórias engraçadas dos meus filhotes. Apenas porque sim, porque achei giro partilhar.

Descobri com este blog as coisas boas que este novo mundo virtual nos pode trazer. Partilhei experiências com outras mãe, conheci pessoas novas (algumas com amigos comuns que conheço pessoalmente), partilhei opiniões, enriqueci as minhas próprias ideias e conhecimentos....e num momento de mudança da minha vida, na altura da minha separação, foram os primeiros a manifestarem-se dando contactos pessoais para demonstrarem que estavam ali para me apoiar.

Para os mais cépticos devo dizer que, pela experiência que tenho, nem os blogs nem as redes sociais substituem as relações pessoais ou afastam as pessoas, pelo contrário, fomentam as já existentes e fazemos novas.

Quando digo relações de amizade novas, digo mesmo no campo real. Deixámos de estar limitados ao que nos rodeia, hoje podemos relacionarmo-nos e fazer amizade com quem realmente nos identificamos, em tempo real, sem estar restringidos a um limite geográfico.

No caso concreto dos blogs, sempre gostei muito de escrever, de conhecer pessoas e de patilhar experiências e conhecimentos...isto é ouro sobre azul para mim.

Contar piadas dos filhos, dizer que amo, ou que sou feliz, acho muito importante. Ainda para mais num país onde se partilha mais o que é negativo, onde se fazem excursões e visitas especiais para ver a desgraça dos outros, acho até imperativo partilhar o que é bom. Sim, quero e gosto de gritar ao mundo que sou feliz porque amo e sou amada, e que tenho dois filhos perspicazes, curiosos e inteligentes.

Prefiro partilhar com o mundo o que sinto e sentem por mim, ao invés do que tenho, do que dou ou do que me dão. (é tudo uma questão de prioridades ou de ponderação diferente do valor de cada coisa)

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