Na terra onde trabalho, típica cidade de província, o civismo e as regras de transitar e ocupar a via pública, quer a pé ou de outra forma qualquer, são quase inexistentes.
Senão vejamos, hoje o Nuno ia sendo atropelado numa passadeira. Até aqui, estaria já mal esse risco numa passadeira, mas não era (infelizmente) nada de novo. A novidade está em que o "quase atropelamento" foi por uma bicicleta e que circulava como os peões, ou seja, a atravessar a estrada pela passadeira.
Os que conhecem a localidade referida já estarão habituados a tal comportamento, dada a frequência com que avistamos por aqui o belo e feliz ciclista pelo passeio fora e a atravessar a estrada nas passadeiras.
Para além de acharem que, quando se lembram de circular na rodovia, não têm de cumprir sentidos proibidos, agora andam nos passeios como meros peões.
Também é certo que nesta cidade os passeios foram feitos para os visitantes, porque os naturais/habitantes preferem andar junto ao lancil mas do lado da estrada. Todos sabemos que a calçada é perigosa e podemos escorregar. Logo, como a utilização dos passeios e passadeiras é reduzida (quase usados exclusivamente pelos visitantes e alguns habitantes mais cívicos), nada melhor que andar por lá de bicicleta ou estacionar os carros.
Quer-me parecer que se não fosse para as bicicletas e para estacionamento de veículos automóveis, a autarquia poderia poupar uns trocos deixando de construir infraestruturas como passeios.
Ah, bolas, estava a esquecer-me de outra utilidade dos passeios, mas em ruas estreitas: zona de estadia para estar a conversar e obrigar os transeuntes, que até andam nos passeios (a tal minoria), a irem também para a estrada para conseguirem continuar a transitar. (como é que me ia falhando esta?!?!?!?!?)
E esses que impedem o passeio ainda dizem "se quiser vá À volta..."
ResponderEliminarOMG (que para os mais distraídos quer dizer Oh My God)(que para os portugueses quer dizer (Oh Meu Deus)