Isto faz-me pensar de quem tenho eu saudades e de quê?
De alguém que tudo o que dá é na esperança de contrapartida, mais que não seja submissão ou obediência, ao ponto de querer que quem é ajudado siga o projecto de vida que quem ajuda desenhou e não o seu próprio projecto?
De alguém que ao não obter a esperada contrapartida, acena com a ajuda que prestou como que uma dívida e apregoa aos sete ventos que ajudou e que quem foi ajudado é ingrato. Ingrato porque quis decidir sobre a própria vida? É isto ser ingrato?
Quem ajuda por amor genuíno não espera contrapartidas dessas.
A contrapartida que devemos esperar pela nossa dedicação aos nossos filhos deve ser que sejam felizes, mesmo que não entendamos a sua felicidade.
Mas há pais que consideram que eles é que sabem e definem o que é ser feliz para um filho. E quando o que faz estes felizes não é o que os progenitores planearam, rejeitam.
Nestes casos só me vem à cabeça uma frase que um psicólogo, que foi meu formador, disse uma vez: Um filho amar uma mãe é fisiológico mas uma mãe amar um filho é cultural.
Assim se entende o porquê da saudade...
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