quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vida e morte


O pai de uma grande amiga faleceu ontem.
Além de toda a dor de sentir que uma amiga está a sofrer, sempre que algo assim acontece equacionamos muita coisa.
Há sempre aquelas frases e pensamentos da praxe: "tanta coisa para isto" ou "a vida é mesmo frágil"...
A vida é frágil, sim. Mas é também algo extraordinariamente fantástico por isso a morte nos custa tanto. Por outro lado, é esta mesma morte que dá tanto valor à vida, pois na ausência desta o que seria a vida?
Isto é tudo muito fácil dizer mas nada fácil de sentir quando são os nossos entes queridos a passar para outro estado.

Amiga, estamos contigo nesta dor e sempre.

3 comentários:

  1. Exactamente :) Podemos (e devemos) estar solidários, mas só quando nos bate à porta é que sabemos como é de verdade. E também é verdade que o tempo abafa a dor e aprendemos a viver com a saudade, a falta e as lembranças de quem já nos deixou.
    Beijinhos

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  2. Não foi comigo mas além de a perda dos outros nos fazer recordar as nossas, esta amiga é uma amiga muito especial. Tem sido quase mais que uma irmã, está lá sempre que preciso dela, mesmo sem pedir. Doi-me pensar que está a sofrer. Só consigo pensar que ela não merecia... Arrancava-lhe esta dor do peito se pudesse...
    A ideia de que quem faz o bem merece o bem, inconforma-me ao ver que alguém com um coração tão grande sofre uma provação tamanha.
    Beijinhos Carla

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  3. Para existir o escuro tem que existir o claro! para existir a vida tem que existir a morte, mas é bem verdade "nada fácil de sentir quando são os nossos entes queridos a passar para outro estado".

    Nós os filhos temos tendencia em pensar que os Pais são imortais.

    Racionalmente, nós sabemos, pela lei da vida, que um dia vamos chorar a morte deles, mas irracionalmente, e no que toque a sentimentos, achamos sempre que eles são imortais!

    Nós os filhos temos que tomar consciencia que os Pais não são imortais... eu nunca o fiz!

    A dor é imensa, a saudade atroz, o choque da noticia dificil de digerir.

    Agora vou ser feliz dentro de toda esta tristeza, era o que ele queria, que eu fosse feliz!

    Vou dar um pontapé no choque, um murro nesta dor, e aprender a viver com a saudade.

    O meu Pai nunca me abandonou e agora também não o vai fazer, vai dar-me força e coragem para seguir em frente, ele não queria ser responsavel pela "paragem" da minha vida.

    Agora, a forma que eu tenho de lhe prestar uma homenagem é fazer com que a minha vida continue com o objectivo de ser feliz dentro deste imenso vazio.

    Se eu posso viver sem Ti?! ... Posso, mas nem de perto, nem de longe será a mesma coisa! Saudades PAI!!

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